FAZENDO O INESPERADO


FAZENDO O INESPERADO
Henrique Prudêncio - Café dos Homens 19.03.2011
Lc 6.32-36


INTRODUÇÃO

No corre-corre de um terminal rodoviário algumas pessoas derrubaram um tabuleiro de maçãs-do-amor, esparramando-as pelo chão. Somente um homem parou para ajudar a pequena vendedora.
Ao começar a recolher as frutas, ele percebeu que ela era cega. Gentilmente ajudou-a a levantar o tabuleiro e a ajuntar as maçãs.
Ao ficar verificar que várias de suas frutas se estragaram na queda, a menina ficou visivelmente apreensiva:
- Minha mãe vai ficar muito triste.
- Não se preocupe, minha querida, disse-lhe o homem, eu pago as maças que se estragaram.
Pagou e despediu-se dela, mas ela o chamou e perguntou:
- Moço, é você que é Jesus?
- Não, minha querida, mas sou um dos amigos dele.

Podemos ver nessa pequena história uma forma de amar que impressionou a moça, que logo ela identificou com Cristo.

No estudo de hoje tem como tema “Fazendo o inesperado”. Se eu quisesse resumir o estudo em uma frase seria assim:

“Deus deseja que o seu amor seja manifestado em nosso modo de viver”

- Quais os motivos para manifestarmos esse amor?

Por causa da:

              I.       DA DIFERENÇA DESSE AMOR (vv 32-34)


As nossas atitudes devem sempre refletir o amor de Deus, pois somos filhos de Deus. Deus é Amor ( 1 Jo 4.7). O amor de Deus é incondicional, e eterno. E a nossa capacidade de amar vem de Deus, pois só amamos porque Ele nos amou primeiro (I Jo 4.19). Deus derramou o seu amor em nossos corações (Rm 5.5).
 O ato de amar é uma característica do cristão, é uma demonstração de que ele é filho de Deus, pois o amor faz parte do fruto do Espírito (Gl 5.22),  As nossas atitudes devem ser amorosas até mesmo para quem não merece o nosso amor. No vv 27, Cristo eleva o nível do amor, e repetido nos vv 32 e 35. Amar os nossos inimigos é contrário a nossa natureza. É muito difícil. Mas é assim que Deus nos manda fazer. "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros", João 13: 34- 35.
Cristo nos apresenta uma maneira totalmente diferente de amar que o mundo está acostumado a ver fazendo três contrastes:

a.      Amar somente aqueles que nos amam;

Que proveito há em amar quem nos ama? Nenhum! O ímpio, o descrente faz a mesma coisa. Eles amam somente aqueles que demonstram amor para com eles. Os pecadores têm certo tipo de amor recíproco. Eles nunca vão retribuir além do que eles exatamente recebem. Como é que vamos convencer alguém que somos de Deus, que fomos regenerados e transformados? Que somos uma nova criação? Resposta: demonstrando amor.

b.      Fazer o bem para aqueles que fazem bem para nós;

E se você fizer o bem para aqueles que fazem o bem para você que é uma relação de auto-serviço. Todo mundo faz isso. Sua bondade é limitada a da bondade alheia. E quando alguém faz o mal, então você não tem que fazer o bem, você pode fazer o mal e obter sua vingança e semear o caos. Os pecadores fazem isso.

c.       Emprestar àqueles de quem esperais receber.

E se emprestamos para aqueles a quem esperamos receber, que favor é esse? O que significa isso? Ele está falando sobre o empréstimo para alguém com a expectativa de que você está obrigando a pessoa a retribuir para você quando você precisar dele. Em outras palavras, o pecador dá para obrigar. "Claro, eu ficarei feliz em dar-lhe isso, mas lembre-se, dei-lhe que, quando você precisava.” A idéia é que você empresta para obrigar, você ama porque você é amado, faz o bem, porque o bem é feito para você, e empresta porque quer receber algo de volta.

Se nós fizermos essas mesmas coisas, não estamos fazendo mais do que o mundo faz. Nós devemos ser melhores do que o mundo, não para a nossa própria gloria, e sim, para a glória de Deus. O verdadeiro amor faz mais que a sua obrigação.

A diferença desse amor é um motivo pra manifestarmos o amor de Deus em nosso viver, mas não somente isso, mas também por causa:

          II.      DO EXEMPLO DESSE AMOR (vv 35a) 

O nosso maior exemplo de vida foi, é e sempre será o nosso Senhor Jesus Cristo. A maior demonstração de amor que a terra já viu foi realizada por ele. Rm 5.8 nos diz que “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Cristo tinha autoridade para exigir de nós esse amor, pois assim que ele fez. Veio ao mundo por amor. Morreu pelos pecadores por amor. Ele nos amou antes mesmo da fundação do mundo, de uma forma altamente incondicional. O amor que ele exige de nós é um amor elevado, sacrifical.
Deus nos amou quando éramos inimigos Dele. Quando fazíamos tudo que desagradava a Ele. Quando insultávamos o nome dele. Mesmo assim Ele nos amou, e nos ama. O versículo mais conhecido da bíblia é Jo 3.16.
Devemos amar os perdidos, assim como Cristo nos amou. Uma das maneiras que podemos ganhar pessoas para Cristo é demonstrando amor. Você está mostrando-lhes um amor que eles não podem experimentar. Um amor que não pertence ao mundo deles.
A maior demonstração de amor que podemos ter para com o próximo é apresentando-lhe o evangelho. Você demonstra que ama uma pessoa é explicando o plano de salvação. O amor pode romper as barreiras. As pessoas percebem a diferença quando fazemos coisas que elas não esperam. Amar incondicionalmente é amar independente dos méritos do outro. Não é fruto da emoção, mas da vontade, resultado de uma decisão. Não depende da virtude do outro. Procura fazer o bem ao próximo sem levar em conta a maneira como ele nos trata. É o amor que decide contribuir para o bem do outro, não se baseando no que o outro diz ou faz. Isso é o amor incondicional.

A diferença e o exemplo desse amor são  motivos pra manifestarmos o amor de Deus em nosso viver, mas não somente isso, mas também por causa:

       III.      DA RECOMPENSA DESSE AMOR (vv 35b-36)

Amar os nossos inimigos, fazer o bem a quem não gostamos não é natural. Não é normal. Mas se fizermos isso grande será a nossa recompensa. Qual seria essa recompensa??
E sereis filhos do Altíssimo. Ou seja, manifestaremos que somos filhos de Deus. O mundo verá isso. Esta é uma forma de manifestar a nossa filiação. Assim como Cristo manifestou que Ele era filho de Deus por amar seus inimigos, nós também manifestamos amando do jeito que Deus ama.
O mundo não pode amar os seus inimigos, mas nós podemos. Eles não amam aqueles que os amam. Eles dão a quem retribui a eles, e fazem o bem aos que fazem o bem para eles. Se nós fizermos isso enquanto eles forem nossos inimigos, então estabeleceremos um testemunho de que não somos como eles, mas somos como Deus, Eles verão as nossas boas obras e glorificarão a Deus. E não queremos fechar a porta para a evangelização.
 Este amor trará segurança, descontração, vitória sobre as tempestades da vida, ajudará no crescimento emocional e espiritual, e nos faz livres para obedecer a Deus.
Quando meu amor é dependente do que o outro faz comigo significa que sou escravo dele, que estou vivendo sempre em reação a ele, mas quando amo incondicionalmente, fico livre, obedeço a Deus.

CONCLUSÃO

            Irmãos, se Cristo nos manda amar os nossos inimigos de forma incondicional, quanto mais os nossos irmão na fé. É muito triste ver irmãos brigados, sem se falar por motivos tolos. Como vamos mostrar o amor de Deus ao mundo se não o vivemos em nosso meio?  Isso é hipocrisia. Devemos amar não só de palavras, mas em verdade e de fato.
            Que possamos mostrar esse amor diferente em nosso viver a cada dia, seguindo o nosso grande exemplo o Senhor Jesus Cristo. Que Deus seja glorificado em nosso modo de agir para com as pessoas.


Servindo com alegria,
Henrique Prudêncio.






Imprimir artigo Salvar como PDF

Comentários

Postagens mais visitadas