O senhor da Vida encontra-se com a morte – Lc 7.11-17
Logo depois de o Senhor Jesus curar o servo do centurião, ele se desloca para uma cidade chamada Naim, que fica a sudoeste de Nazaré, próximo ao monte Tabor, na região da Galiléia. Este fato é relatado apenas aqui em Lucas. Ao chegar à cidade, mesmo antes de entrar (vv 12), Jesus depara-se com um enterro do único filho de uma viúva.
Nessa passagem podemos tirar algumas aplicações para nossas vidas.
I - A tristeza que o pecado traz ao mundo – vv 11-12
Não sabemos qual foi o motivo da morte do rapaz, mas sabemos de uma coisa: que ele certamente pecou. A morte é uma conseqüência do pecado, pois “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23a). E também sabemos que a alma que pecar essa morrerá. O pecado só traz tristeza a esse mundo.
É o pecado que nos mata espiritualmente e fisicamente perante Deus. Antes estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1), essa natureza pecaminosa já nos acompanha desde a nossa concepção (Sl 51.5). O pecado é a causa de toda a infelicidade que existe nesse mundo (Rm 5.12).
Devemos lembrar que aqueles que não conhecem a Cristo como o seu salvador estão também mortos. Estão condenados. Estão separados de Deus. Sejam nossos parentes, vizinhos, empregados, até mesmo pessoas que não conhecemos se não conhecerem o Salvador estão perdidos.
Aplicação: Por isso devemos odiar o pecado, jamais sejamos amigos do pecado. Ele deve ser abominável para nós. Ao invés de brincarmos e nos desculparmos com os pecados que cometemos, devemos, sim, odiá-lo.
Aquele jovem foi mais uma vítima do pecado. Uma grande multidão estava acompanhando para enterrá-lo. Mas o Senhor da Vida apareceu naquele momento onde a morte estava sendo vista. Podemos chamar de coincidência, mas para Deus não há coincidências e sim providências. Deus providenciou que Cristo fosse para aquela cidade.
Isso nos leva ao nosso segundo ponto:
II – A grande compaixão e poder do nosso Senhor Jesus Cristo – vv 12-15
Quando o Senhor Jesus viu a o choro da viúva ele se Compadeceu. A viúva perdeu o seu único filho, perdeu o provedor, o seu protetor. Estava sozinha no mundo. A linhagem da família se acabou. Fora a perda do marido. A situação em que ela se encontrava era de profunda tristeza.
O Senhor Jesus vendo aquela situação se compadeceu. Talvez alguém da multidão deu as características da mãe e do filho, ou o seu conhecimento sobrenatural, pois Ele é Deus. Ninguém pediu para Jesus fazer alguma coisa, ele simplesmente agiu por conta própria. Tomando a iniciativa, movido pela compaixão. Esta não é a única vez que Cristo se compadeceu.
- Mt 9.35-38
- Mt 14.14
- Mc 6.34
Cristo a conforta dizendo para ela não chorar (vv 13), e traz de volta a vida do seu único filho. Este é um bom retrato da nossa salvação. Deus é que vem em nossa busca e nos dá vida. Sem a iniciativa de Deus continuaríamos mortos. Sem a iniciativa de Deus somos incapazes de obter a vida.
Cristo fala com o jovem como se ele estivesse vivo: Jovem, eu te mando: Levanta-te!
As Escrituras falam que ele se sentou e começou a falar. Imediatamente ele retornou a vida. Esta é primeira das três pessoas que Cristo ressuscitou. Temos também a filha do Jairo (Lc 8.49-56), o Lázaro (Jo 11.20-44).
O Senhor Jesus é o senhor da vida, e ele é quem nos dá a vida, ele ressuscita aquele quem ele quer (Jo 11.25). Ele mesmo afirma ser a ressurreição e a vida (Jo 5.21). Ele é o caminho, a verdade e a VIDA (Jo 14.6). O pecado nos mata, mas Cristo nos dá vida. Ele nos deu vida (Ef 2.1). Graças a Deus por isso.
O mesmo Jesus que ressuscitou aquele jovem, nos ressuscitará no futuro (Jo 5.28-29).
Aplicação: Compaixão é que falta em muito de nós. Quando vemos pessoas que necessitam do evangelho, e nós muitas vezes nos esquivamos dessas pessoas, agindo como o sacerdote e levita na parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37). Agimos dessa forma porque nos consideramos superiores a elas. Devemos ter a mesma compaixão que Senhor Jesus tinha pelos perdidos. Devemos levar o evangelho aos perdidos.
III – O impacto do Milagre – vv 16-17
Temos aqui duas multidões. Uma provavelmente alegre acompanhando Jesus, e a outra triste, abatida por causa da morte do jovem acompanhando a viúva. E Ambas presenciaram o milagre.
Todos os que viram o milagre reagiram como homens na presença de Deus. Tiveram um profundo temor, reverencia. Reconheceram a mão de Deus neste ato miraculoso. E glorificaram a Deus. Mesmo assim saudavam a Jesus, dizendo que era grande profeta. Eles provavelmente se lembraram de Elias e Eliseu, quando Jesus Ressuscitou o jovem, pois os profetas fizeram a mesma coisa (I Rs 17.17-24; II Rs 4.18-37). E proclamaram que Deus havia visitado o seu povo. E de fato um dos nomes de Jesus é EMANUEL, que significa: Deus conosco!
O resultado foi mais um aumento na fama de Jesus sendo anunciada por toda Judéia e por toda a vizinhança.
Conclusão
Cristo mudou a nossa vida, nos dando uma nova vida. Agora somos uma nova criatura (II Co 5.17).
- As pessoas ao nosso redor vêem Deus em nosso viver?
- Elas podem glorificar a Deus por causa de nossas vidas?
- Estamos sendo benção para os que estão ao nosso redor?
- Estamos levando a “vida” para os que estão “mortos”?
- Estamos tendo compaixão com o perdido que está diariamente ao nosso lado?
Há pessoas em nossas famílias que estão andando no caminho largo, que leva a perdição, mas nunca percamos a esperança de que Cristo pode salvá-las. Nunca deixemos de orar por elas. Ele pode ressuscitar almas que agora parecem mortas no mundanismo e pecado.
Que o nosso viver glorifique a Deus. Que possamos ter compaixão das almas perdidas. E que o nosso testemunho venha glorifica a Deus em todas as coisas.
Servindo com alegria,
Henrique Prudêncio.
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