Conflito Árabe-Israelense - As Continuadas tentativas de extinção da nação de Israel no Antigo Testamento
Pr. Jenuan Lira.
Conflito
Árabe-Israelense
As Continuadas tentativas de
extinção da nação de Israel
no Antigo Testamento
O
Holocausto promovido pelo nazismo de Hitler contra os judeus é fato bastante
conhecido. Porém poucos reconhecem que o genocído contra os judeus na segunda
guerra foi apenas mais uma tentativa de extermíno dessa nação. A verdade é que
nenhum povo na história humana tem sido alvo de tanta perseguição. Por isso, a
existência de Israel é um milagre que atesta a ação de Deus em todos os
períodos da história.
No
atual conflito na faixa de Gaza, vemos como a mídia mundial se posiciona quase
unilateralmente contra Israel. Pouco se noticia que, enquanto o Hamas declaradamente
tem como alvo destruir toda a nação judaica, Israel direciona seu ataque contra
o exército do Hamas. Também não se enfatiza nos noticiários que os radicais
islâmicos romperam a trégua de paz unilateralmente e que ao longo dos anos nunca
pararam de atirar seus mísseis contra o sul de Israel.
O
mundo fica chocado com o número de civis mortos no combate, especialmente
quando se trata de crianças ou de pessoas refugiadas em prédios escolares. Porém,
deve-se observar que o Hamas, como os demais grupos radicais islâmicos, usa a
população, principalmente crianças, como escudos humanos. O alvo é que a morte
dessas crianças aumente o ódio mundial contra Israel. Por isso, esforçam-se por
fotografar e filmar as vítimas.
Esses
e inúmeros outros fatos comprovam que há uma articulação mundial contra Israel.
Por quê? Essa é uma questão mais profunda que parece na superfície. Israel está
no centro da batalha espiritual na qual Satanás, o príncipe das trevas, tenta
frustrar os desígnios de Deus, o Senhor do universo. Como já tivemos
oportunidade de observar, desde os primórdios da história, a Bíblia relata
Satanás lutando com todas as suas forças infernais, a fim de destruir aqueles
que são escolhidos como instrumentos de Deus para avançar Seu plano vitorioso
na terra.
Desde
a eleição e aliança de Deus com Abraão, pai da nação de Israel, Satanás
direciona seus ataques contra a linhagem abraâmica, pois é dessa linhagem que
virá o Redentor, cujo propósito final será esmagar a cabeça da “antiga serpente” (Rm. 16:20). Esse
milenar conflito é bem representado na história da meulher perseguida pelo
dragão em Apocalipse 12.
A
história do Antigo Testamento manifesta com clareza como Israel esteve sempre
sob a ameaça de extinção. Tudo isso serve como uma antecipação daquilo um dia o
Homem da Iniquidade, o Anticristo, também fará com Israel nos tempos
apocalípticos.
AMEAÇA DE EXTINÇÃO NO EGITO
Várias
gerações após Abraão, seus descendentes mudaram-se para o Egito onde viveram
por 420 anos. Como Deus havia prometido, o povo cresceu enormemente (Êx.
1:1-7). Satanás tinha plena consciência de que esta era a nação escolhida para
manter a linhagem do Redentor. Assim, o diabo dá origem ao anti-semitismo,
sentimento de ódio contra os judeus presente ao longo da história.
Como
instrumento de Satanás, Faraó tenta aniquilar Israel de vários modos, começando
pela morte dos meninos (Êx. 1:15-22). Mas Deus libertou Seu povo por meio da
Sua ação poderosa, envergonhando todos os deuses do Egito através das dez
pragas. Cada praga era um golpe dirigido a uma das inúmeras divindades
egípcias.
AMEAÇA DE EXTINÇÃO DURANTE O REINADO (II Re. 11)
Ao
longo da sua história, após o estabelecimento na terra prometida, Israel sempre
esteve em luta contra seus inimigos: filisteus, amonitas, edomitas, moabitas,
etc. Mas as maiores ameaças aconteciam quando os adversários surgiam dentro das
suas próprias fronteiras.
Uma
das táticas de Satanás para impedir o programa de Deus foi promover a apostasia
de Israel. Ele tentou primeiro no Reino do Sul, obtendo relativo sucesso mesmo
entre reis que foram fiéis a Deus como Davi e Salomão. Porém, apesar das
sucessivas apostasias, muitos avivamentos espirituais também ocorreram.
Satanás
não teve o sucesso esperado no sul, e começou a agir fortemente no norte. Nesta
parte houve 19 reis ao longo da sua história, e todos foram apóstatas em
caráter e ação começando com Jeroboão. Como medo de perder seus servos para a
casa de Davi, Jeroboão fez provisões para que as tribos do norte não viessem
adorar em Jerusalém. Mandou fazer dois ídolos e constituiu um sacerdócio falso
para consuzir a adoração idólatra. Ele memso liderou Israel na idolatria (I Rs.
12:25-33).
Dentr
os vários reis de Israel, o pior foi Acabe, cuja esposa foi a pricesa fenícia
Jezabel, uma mulher diabólica (I Rs. 21:25-26). Sob a influência de Jezabel,
Acabe construíu um templo para Baal na capital, fez a adoração de Baal a
religião oficial do reino, importou e sustentou 850 profetas de Baal e Astarte,
assassinou os profetas de Deus e aboliu a adoração ao Senhor.
Uma
forma sutil e perigosa de espalhar a idolatria no meio do povo de Deus era
através de casamentos mistos (Nm. 13:16, I Re. 11:1-4). Foi isso que aconteceu
quando a filha de Jezabel casou com o filho de Josafá, Jeorão. Esta união
conjugal pecaminosa aproximou o sul das abominações do norte (II Cr. 21:5-6). Sendo
instrumento de Satanás na luta contra Deus, Jeorão tratou de exterminar todos
os seus irmãos e alguns príncipes de Israel (v.4). Deus suportou por um tempo
as maldades de Jeorão, preservando-o por causa da promessa de um herdeiro que Deus fizera a Davi (II Cr.21:6-7). Mas,
dentro de oito anos, tendo já nascido nascido outros candidatos ao trono de
Davi, Deus feriu Jeorão com uma terrível doença nas entranhas, como profetizara
Elias (v.12). Este foi o único rei de Judá que morreu sem deixar de si saudades
(v.20).
Antes
da sua morte, Jeorão tinha sido atacado pelos filisteus e arábios, os quais
mataram todos os seus filhos, exceto um, Jeocaz ou Acazias, dando condições
para que a promessa de Deus se mantivesse.
Acazias
reinou apenas um ano, sendo morto por Jeú, homem enviado por Deus para
exterminar a descedência de Acabe e Jezabel. Imediatamente, sua mãe Atalia
tratou de exterminar toda descendêncai real da casa de Judá.
Esse
era mais um atentado de Satanás contra a promessa do Redentor, que nesse tempo
também já tinha sido revelado descendente de Davi. Destruir a linhagem davídica
era destruir a descedência do Messias.
Nesse
momento, somente a intervenção divina por meio de Jeoseba, esposa do sacerdote
Joiada, livrou o extermínio da linhagem do Prometido.
Esse
foi um ataque sutil, pois foi dirigido especificamente contra a linhagem da
promessa. A nação não percebeu a armadilha de Satanás, mas Deus percebeu e anulou
os projetos malignos.
AMEAÇA DE EXTINÇÃO NO PERÍODO PERSA
Muitos anos se
passaram, até que mais uma terrível ameaça de extinção caiu violentamente sobre
Israel. Esse ataque representou uma terrível ameaça pois surgiu quando a nação
estava sob o domínio Persa.
Hamã,
um dos principais do reinado de Assuero ou Xerxes (486-465 a.C.), por causa de
um caprichoso orgulho em relação ao judeu Mordecai, resolveu exterminar todos
os judeus do império. Por sua influência política,conseguiu publicar um decreto
de extermínio selado com o anel do próprio rei (Es. 3:12-15). Enquanto Ester
preparava uma intervenção em favor do seu povo, a insônia do rei desencadeou um
processo incrível de mudança na situação (Es. 6:1).
De
maneira milagrosa, Deus interveio e a situação tornou-se favorável aos judeus.
Hamã terminou enforcado na forca que levantara para Mordecai e muitos dos
inimigos de israel foram eliminados.
CONCLUSÃO
Em
Is. 45:23, lemos: “Por mim mesmo tenho
jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás”.
A
despeito de todos os ataques e perseguição, Israel sempre triunfa no final,
pois essa é a promessa de Deus. A nação teve um papel importante na primeira
vinda de Cristo e também o terá na segunda. Conforme muitas profecias, Israel
deverá passar por um reavivamento espiritual antes dos últimos eventos
escatológicos preditos (p.e. Ez. 36:22-32).
A
restauração espiritual de Israel significa a proximidade da derrota definitiva
de Satanás. Essa é a razão do ódio do inimigo contra Israel nos dias atuais.
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